22 de mai. de 2009

DINHEIRO

No artigo introdutório “O Exército de Deus”, comentei que fomos preparadas para ministrar com 5 bandeiras: 1 maior com a mensagem “O SENHOR É A MINHA BANDEIRA” e 4 bandeiras menores representando as bandeiras que se levantam na vida do homem, que são bençãos, mas... podem confundir os caminhos indicados por Deus.
A TERCEIRA BANDEIRA

No reino de Deus, aquele que possui a plenitude do Espírito Santo tem poder. Mas, no reino dos homens o poder é definido pelo tamanho da sua conta bancária e bens materiais.
A busca pelo dinheiro pode ser de duas formas: estudando e trabalhando exaustivamente, adquirindo conhecimento para serem competitivos no mercado de trabalho conseguindo as melhores vagas, salários e empreendimentos ou retirando de quem tem mais. Como a segunda opção é pecado aos olhos de Deus, o cristão fica sempre com a primeira opção.

"Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho? ( Ec 1:3).
Odiei todo o meu trabalho que trabalhei debaixo do sol, visto que eu havia de deixá-lo ao homem que viesse depois de mim." ( Ec 2:18)

O pregador do livro de Eclesiastes faz esta pergunta. Ele compreende que tudo são vaidade e aflição de espírito. E então? Não devemos estudar? Fazer graduação, pós doutorado, aprender diversos idiomas e buscar os mais diferentes tipos de conhecimento e trabalhar? Claro que não é bem assim. Se isso é importante para dominar e obtiver o melhor desta terra, por que não se empenhar? Além disso, tudo o que fazemos ficará para a geração futura. Se não ficar imortalizada para a humanidade como os grandes inventos ou literatura, ficarão para nossos filhos, netos, bisnetos,...O que não devemos é gastar todas as nossas forças nisso.

“O que ama o dinheiro nunca se fartará dele; quem ama a abundância nunca se farta de renda, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se transpassaram a si mesmos com muitas dores.” (Ec 5:10)

Esse versículo nos explica tudo. O dinheiro não é o problema, mas o AMOR ao dinheiro sim e nessa cobiça se desviou da fé e procuraram seu próprio sofrimento.
Essa bandeira veio de encontro às expectativas do grupo. Somos jovens com ambições e projetos para o futuro e recebemos esta instrução como um alerta em nosso ministério. Quem não quer se aperfeiçoar para conseguir um bom emprego ou negócio próprio para ser próspero e bem sucedido?
Porém, podemos cair na armadilha do trabalho e perdermos o foco de “buscar primeiro o Reino de Deus, com a certeza de que “as outras coisas serão acrescentadas” paulatinamente, cada uma no seu tempo.
É comum começarmos um projeto para Deus e abandoná-lo pouco tempo depois devido às provas no colégio, trabalho e reuniões na empresa, horas extras e eventos que aparecem justamente nos dias e horários destinados aos ensaios, cultos e orações. Como não sabemos otimizar o nosso tempo e afazeres, passamos a arranjar desculpas. E como somos mestres em dar desculpas para abandonarmos os projetos dedicados a obra de Deus. Já ouvi (e também já falei) de tudo: que Deus entende, que há tempo pra tudo, que já estamos em outra, precisamos descansar, etc. O resultado é uma grande frustração consigo mesmo, pois não fazemos bem nem uma coisa, nem outra.

"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna." (Jo 6:27).”

Temos exemplos de empresários, fazendeiros e administradores muito ricos e bem sucedidos com Deus e usufruindo dos bens desta terra. Abraão, Isaque, Jacó, Jó, José, Boaz, Daniel, Davi, Salomão, Ester, esposa de Cuza, José de Arimatéia, entre outros, fazem parte desta lista onde prova que a prosperidade é dom de Deus.
O Senhor sabe quem ele pode prosperar. Conheci uma família cristã, muito fiel a Deus e abençoada, mas todo favor que fazia para outra pessoa era pela metade, para que o favorecido ‘não viesse a abusar’. Certa vez senti em meu coração que eles poderiam ter muito mais financeiramente se fizessem aqueles pequenos favores com amor no coração.

“E quanto ao homem a quem Deus deu riquezas e fazendas, e lhe deu poder para delas comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho;
isto é dom de Deus.” ( Ec 5:19)

O dinheiro não é Pecado, mas o amor ao dinheiro é a raiz de todo o mal. Quantos ministérios se vêem por aí com a intenção de enriquecer a custa dos fiéis. Cantores, pregadores, levitas que cobram quantias exorbitantes para pregarem as Boas Novas do Evangelho, que Cristo nos deu gratuitamente.
O poder do Espírito Santo e seus dons viraram moeda de troca: eu te dou a benção em Nome de Jesus e falo das minhas experiências com Ele e você paga o ingresso do evento, ou compra o meu livro, o CD, o DVD, tudo em nome do sustento da obra que é de Deus.
Devemos pedir para que o Senhor Entre e Reine na área financeira, para não sentirmos falta de nada. Precisamos pedir que o Senhor nos oriente e nos auxilie a administrar os bens que recebemos dEle.
Se tudo o que queremos comer, beber, vestir e viajar pode comprar e pagar sem se enrolar com dívidas. Se tivermos para emprestar a todos sem precisar pedir emprestado. Se não falta nada pra você e sua família, pais, irmãos, filhos e cônjuges, sem a necessidade de esbanjar e ostentar desnecessariamente, isso é prosperidade.

"O Senhor mandará que a bênçãos esteja contigo nos celeiros, e em todo empreendimento da tua mão. O Senhor teu Deus te abençoará na terra que te dá. O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das suas mãos. Emprestarás a muitas nações, porém não tomarás emprestado. O Senhor te porá por cabeça e não por cauda. Estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para guardá-los e cumprir. "
(Deuteronômio 28: 8, 11 a 13).


Ana Olívia

4 de mai. de 2009

A FAMÍLIA

No artigo introdutório “O Exército de Deus”, comentei que fomos preparadas para ministrar com 5 bandeiras: 1 maior com a mensagem “O SENHOR É A MINHA BANDEIRA” e 4 bandeiras menores representando as bandeiras que se levantam na vida do homem e que podem confundir os caminhos indicados por Deus.

FAMÍLIA: A SEGUNDA BANDEIRA








A família foi o primeiro núcleo social criado por Deus. Ele mesmo, nosso criador, deseja que sejamos seus filhos e unidos em uma grande família. Porém, os laços afetivos e consangüíneos podem atrapalhar o nosso relacionamento com o Pai.

“Assim Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou, macho e fêmea os criou. Deus abençoou e lhes disse: Frutificai-vos e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a.” ( Gn 1:27 e 28)

Deus criou o ser humano, Adão e Eva para formar uma família, ter filhos, trabalhar e viver em paz com a natureza e a família. Mas, a queda do homem desestruturou esta harmonia, gerando um rompimento fatal em três âmbitos: o laço de amor consigo mesmo, com Deus e com os homens. O homem passou a sentir vergonha do seu próprio corpo, procurou cobri-lo, depois fugiu e se escondeu de Deus; e por fim culpou a mulher, o seu próximo, pela sua própria desobediência. Desde então, assim caminha a humanidade, infeliz com sua própria natureza. Assuntos sobre Deus pai, Jesus Cristo e Espírito Santo incomodam as pessoas e injustiças, crimes e vinganças aumentam a cada dia.

“Ao homem disse: Porque destes ouvidos a voz de tua mulher e comestes da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela, maldita é toda a terra por tua causa, fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.” (Gn 3: 17)

Adão amava Eva a ponto de ignorar as recomendações divinas para concordar com sua esposa. Quantos não fazem a mesma coisa nos dias atuais. Para agradar o esposo, os pais, os filhos, os irmãos, avós, tios, primos, cunhados, enteados, deixam de ir a igreja, ler a Bíblia, orar, seguir os mandamentos de Deus.
Na Bíblia encontramos outros exemplos de más influencias familiares. O Rei Salomão e Rei Acabe foram influenciados por suas esposas a praticarem idolatria e feitiçaria. Acazias procurou seguir os exemplos de seu pai, Rei Acabe, e os maus conselhos de sua mãe. Ananias e Safira combinaram em falar uma mentira e Miriã e Arão criticaram o irmão Moisés e duvidaram do seu chamado ministerial.

“Os inimigos do homem são os próprios familiares.
Quem ama o pai ou a mãe, o filho ou a filha mais do que a mim,
não é digno de mim.” (Mt 10: 36 e 37).

Devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Primeiro devemos amar a Deus, em segundo a nós mesmos, e em terceiro, o nosso próximo.
Quando encontramos com Jesus Cristo, nossa comunhão com Deus é restaurada e passamos a integrar a grande família espiritual, com muitos irmãos e irmãs. Essa é a vontade do Senhor, que todos vivam juntos, em amor e comunhão.

“Eu serei para vós pai, e vós sereis para mim filhos e filhas,
diz o Senhor todo poderoso” (2 Co 6:18)

É natural que após a conversão, desejemos passar mais tempo com os novos irmãos, afinal temos muito que aprender e buscamos um mesmo propósito. Porém, não devemos abandonar a nossa família biológica, deixar de cuidar dos filhos, do cônjuge e demais parentes para passar o dia todo na igreja, fazendo visitas, cuidando mais do próximo que de si próprio e da família que Deus lhe deu. Observe o exemplo de Jesus, Ele não tinha o apoio dos seus irmãos Tiago, José, Simão, Judas , mas enquanto ele pôde, viveu com sua mãe, irmãos e irmãs, aprendeu carpintaria, iam à festa de casamento e a Festa dos Tabernáculos realizada todos os anos em Jerusalém.

“Jesus andava pela Galiléia e não queria mais andar pela Judéia,
porque os judeus procuravam matá-lo.
Mas ao se aproximar da Festa dos Tabernáculos, os irmãos de Jesus lhe disseram: Vai para a Judéia, para que os teus discípulos vejam os milagres que fazes. Ninguém que procure ser conhecido em público faz coisa alguma em oculto. Já que fazes essas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois até os seus irmãos não criam nEle.” ( Jo 7:1 a 5).

Jesus era filho de Deus, mas isto não impediu que fosse maltratado, humilhado, escarnecido e desacreditado. Quem mais conhece nossos defeitos e qualidades senão os familiares e amigos mais próximos? Portanto, é natural que a oposição e incredulidade existam até que o tempo e nossas atitudes provem o contrário.

“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo.
Tudo o que tenho é teu, e tudo o que tens é meu.
Pai santo guarda-os em teu nome, para que sejam um, assim como nós.
Estando eu com eles no mundo, guardei-os no nome que me deste.
Nenhum dele se perdeu, senão o filho da perdição.
Por eles me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.”
(Jo 17: 6 a 19).

Jesus orou por todos; pela sua família natural e espiritual. O resultado nós podemos ver no livro de Atos 1: 14. Quando todos perseveravam em oração, aguardando o batismo do Espírito Santo.
Entre os presentes estavam Maria, sua mãe e seus irmãos. Nenhum deles se perdeu.

“Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres e Maria, mãe de Jesus, e com seus irmãos.” (At 1:14).”

Por mais que amemos nossa família, ela não pode tomar o lugar de Deus em nossas vidas. É preciso ter o cuidado, o discernimento para não sermos influenciados e persuadidos erroneamente, deixando os mandamentos e a obra de Deus para atender e agradar a família.
A benção que Deus nos deu não pode se transformar em obstáculo e maldição. O correto é apresentarmos nossos entes queridos a Jesus e lutarmos pela sua salvação, buscando a sabedoria e o amor para lidar com as divergências até que todos nós sejamos um em Cristo.

O Senhor deverá ser a nossa Bandeira sempre.

Ana Olívia